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Continental apresenta conclusões do estudo sobre Comportamento dos Condutores Portugueses

17/01/2017


  • Em situações de stress ao volante como reagem os condutores portugueses? Que comportamentos de risco adotam durante a condução?

  • Perfil do condutor português: Mais de metade já teve um acidente rodoviário. Usa diariamente o carro (86%) para percursos médios de 50 km, e gasta entre 30m a 60m a conduzir.

  • O multitasking (o carro é uma extensão do escritório) e o locus de causalidade externa são efectivamente culturais.

  • Estudo surge integrado na estratégia Visão Zero Acidentes – Zero mortos. Zero feridos. Zero acidentes 


O estudo coordenado pelo IPAM surge no âmbito do projecto Visão Zero Acidentes, e pretende dar algumas pistas sobre as atitudes dos condutores portugueses em relação à segurança rodoviária e compreender o seu comportamento de condução.


Os dados recolhidos permitem colocar em evidência o perfil “multitasking” dos portugueses, a importância da atividade profissional associado aos níveis de stress e ao impacto que estes desempenham no seu comportamento durante a condução, bem como a confirmação que o locus de causalidade externa é efectivamente uma característica cultural predominante dos portugueses: “a culpa não é minha”.


O estudo permitiu ainda identificar os principais comportamentos de risco durante a condução assumidos pelos portugueses e de onde se destaca:


# Receber e fazer chamadas com sistema de mãos livres (75%)


# Comer e beber (75%)


# Conduzir excesso de velocidade em zonas residenciais (74%)


# Conduzir em excesso de velocidade em autoestrada (72%)


# Receber/Ler e enviar SMS (63%)


# Passar um sinal que acabou de ficar vermelho (60%)


# Receber e Fazer chamadas sem sistema de mãos livres (53%)


Ainda na análise dos comportamentos de risco, de destacar que só 28% e 26% dos inquiridos refere que nunca conduziu em excesso de velocidade nas auto-estradas e nas zonas residenciais respectivamente. 25% nunca bebeu ou comeu enquanto conduzia e só 25% nunca fez nem recebeu chamadas em sistemas mãos livres. De realçar que apesar de permitida a utilização de kits mãos livres, a utilização do telemóvel pode aumentar situações de falta de foco na estrada. 


Os dados permitem ainda constatar que os portugueses têm consciência dos riscos da adopção de determinados comportamentos durante a condução, sendo que aqueles a que associam níveis mais elevados de risco: são enviar emails, fazer relatórios, ler, e utilizar as redes sociais.


Do outro lado da escala, surge a utilização telemóvel em sistema mãos livres, o conduzir em excesso velocidade na auto-estrada e o comer e beber, como os comportamentos mais frequentes a que os condutores associam menor risco.


Da análise dos dados de comportamento medidos a partir da Escala DBSDriving Behavior Survey -, em situações de stress ao volante que deixam o condutor ansioso, tenso ou desconfortável como reage o condutor português? – permite-nos concluir que 84 % dos inquiridos reage com um comportamento cuidadoso/exagerada precaução. O comportamento agressivo e hostil revela-se em 27% dos condutores e 11% tem uma performance deficitária.


Decorrente ainda da análise da escala DBS podemos concluir o seguinte: 


# Os condutores mais jovens, entre os 18 e os 25 anos, são os que mais reportam uma performance deficitária em situações de stress ao volante. Nesta “classificação” 12% revela que tem dificuldade em entrar no trânsito.


# Os condutores que percecionam ter mais stress na sua atividade profissional são os que revelam mais comportamentos agressivos ao volante.


# Os condutores que mais se preocupam em manter um estilo de vida saudável são os que revelam menos tendência para a agressividade ao volante


# De entre as atitudes adotados por quem revela um comportamento mais agressivo - 35% Gritam com os outros condutores. 33% Dizem palavrões. 29% Buzinam aos outros condutores. 


# no que se refere ao comportamento característico de exagerada precaução: 91% Mantem a velocidade estável de forma a acalmar-se. 81% tenta afastar-se dos outros automóveis e 73% diminui a velocidade até se sentir mais confortável.


O perfil do condutor português


O perfil do condutor português traçado pelo estudo diz-nos que mais de metade já teve um acidente rodoviário (55%), que 85% usa diariamente o automóvel, faz percursos diários médios até 50 Km (62%) e gasta em média por dia na estrada entre 30m e 60m (39%).


A preocupação com a segurança rodoviária está essencialmente presente quando as condições meteorológicas são adversas à condução (92%). Em segundo lugar aparece a condução com crianças em ex-aqueo com o estado de cansaço (89%). Em terceiro, os portugueses estão mais preocupados com a segurança rodoviária quando viajam acompanhados (76%) e na quarta posição aparece o stress (72%).


Outro fator importante a realçar e que este estudo veio comprovar é que existe efectivamente correlação entre o número de horas de sono, o nível de stress percepcionado e a adopção de comportamentos de risco ao volante. Os condutores que mais têm comportamentos de risco ao volante são os que dormem menos - 24% dormem menos de 6 horas por noite e 40% dormem entre 6 a 7 horas.


As questões disponibilizadas no inquérito tinham como objetivo analisar caracterizar o comportamento de condução, a actividade profissional exercida, caracterização dos tempos livres, estilo de vida saudável, bem como uma caracterização sociodemográfica.


Este estudo quantitativo coordenado pelo IPAM foi antecedido por um estudo qualitativo, através da realização de quatro focus group de dois segmentos: jovens condutores (18-24 anos, H/M), com carta de condução + acesso a automóvel e jovens famílias (pais entre os 25-44 anos, classe social A, B, C1, com pelo menos um filho e um carro).


As conclusões do focus group já apontavam para o perfil multitasking dos condutores – os jovens enquanto conduzem cantam e ouvem música, fumam, usam o telemóvel, maquilham-se e tomam o pequeno almoço. As famílias com filhos “aproveitam a viagem para ler e responder a emails, para contactos telefónicos e enviar SMS. Ler relatórios e tratar agenda, lanchar, almoçar, maquilhagem e gerir as crianças no banco traseiro, são mais algumas das actividades referenciadas.


Outra conclusão do focus group e agora comprovada pela realização do estudo é efectivamente a externalidade das causas.


O responsável pela Continental Portugal, Pedro Teixeira, destacou como principal objetivo a atingir com este estudo a necessidade de conhecer o comportamento dos condutores portugueses ao volante. “90% dos acidentes têm causa humana. Partindo desta evidência era importante percebermos melhor o condutor português. Na posse da informação e dos dados extraídos do estudo, podemos agora de uma forma mais direccionada e eficaz comunicar com os diferentes targets, sensibilizá-los para o risco e para o perigo de adotar determinados comportamentos de risco”, referiu o Diretor Geral.


Ainda durante a apresentação, Pedro Teixeira chamou a atenção para o excelente trabalho que tem sido feito por diversas entidades e instituições nos últimos anos com vista à redução da sinistralidade rodoviária, referindo-se ainda ao contributo que a Continental, enquanto empresa que integra o top 3 de fornecedores da indústria automóvel tem dado através do desenvolvimento e produção de sistemas de segurança ativa e passiva, cuja função principal é apoiar o condutor.


“Infelizmente, as estatísticas mostram-nos que continua a haver demasiados mortos, demasiados feridos e demasiados acidentes nas estradas. Como empresa socialmente responsável assumimos hoje publicamente o nosso compromisso de ajudar a atingir o objetivo zero mortos, zero feridos e zero acidentes”, referiu no decorrer da apresentação.  


Em Portugal, e de acordo com a ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2016, ocorreram 52.071 acidentes rodoviários, mais 3.453 do que no mesmo período de 2015 (48.618). que provocaram 159 mortos. A ANSR refere igualmente que 746 pessoas ficaram gravemente feridas entre janeiro e maio, menos 107 do que no mesmo período do ano passado. Por sua vez, os feridos ligeiros aumentaram este ano, com um registo de 14.794 pessoas, mais 317 do em que em igual período de 2015.

Visão Zero Acidentes


A Continental identifica-se de forma muito próxima com os princípios e com os objetivos subjacentes à Visão Zero – zero mortos, zero feridos e zero acidentes.


Segundo Pedro Teixeira, Diretor Geral da Continental Pneus Portugal, “encaramos a Visão Zero Acidentes como uma missão. Queremos e podemos ser um interlocutor privilegiado na questão da segurança rodoviária. Temos o know how e o expertise de mais de 140 anos de história ligados ao desenvolvimento de sistemas e de tecnologias que apoiam o condutor. A juntar a tudo isto temos todo o desenvolvimento tecnológico que temos vindo a introduzir no processo de fabrico do equipamento que maior notoriedade e reconhecimento nos traz junto do público em geral – o nosso pneu Continental, líder em travagem. Este legado coloca-nos numa posição destacada para, como empresa socialmente responsável, darmos o nosso contributo para ajudar a diminuir os números da sinistralidade rodoviária”, afirmou.  


Nikolai Stezer, membro do conselho de administração da Continental e Presidente da Divisão de Pneus, assumiu que “a Continental está a alinhar de uma forma ainda mais próxima o posicionamento da sua marca premium Continental com os objectivos a longo prazo da Visão Zero, um terreno onde a Continental tem todo um conjunto de benefícios associados ao seu portfolio de tecnologias de segurança. Para além de que os pneus são o único ponto de contacto entre o carro e a estrada. Numa situação crítica, são os pneus que determinam se a viatura pára em segurança ou não ”.


Para Frank Jourdan, Membro do Conselho de Administração da Continental e AG e Presidente da Divisão de Chassis & Safety, “a Continental tem vindo ao longo dos anos a contribuir ativamente para o objetivo que está por detrás da Visão Zero através das inovações introduzidas nos diversos componentes e sistemas, dando um contributo decisivo para uma maior segurança rodoviária”.  


O projeto Visão Zero Acidentes tem como parceiros institucionais a ANSR e a PRP.




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