Que diferenças no espaço de um ano! No ano passado, por esta altura, a jovem equipa PEUGEOT alcançou o dia de descanso ocupando as 8ª e 41ª posições, tendo o terceiro PEUGEOT 2008 DKR desistido na 5ª Etapa, depois de atingir uma pedra. Doze meses depois, Sébastien Loeb/Daniel Elena, Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret e Carlos Sainz/Lucas Cruz, do Team PEUGEOT Total, ocupam os três primeiros lugares da Classificação Geral provisória no dia de descanso, em Salta (Argentina). Cyril Despres está na 14ª posição, tendo os quatro PEUGEOT 2008 DKR coberto um total de 5330 km, cavando um fosso superior a 15 minutos, entre o 1º e o 4º classificados.
Os PEUGEOT 2008 DKR ganharam cada uma das seis etapas verdadeiramente disputadas até agora, colecionando duas triplas e quatro dobradinhas. Três das vitórias foram conquistadas por Sébastien Loeb, naquela que é a mais espetacular estreia num Dakar desde Ari Vatanen, outro Campeão do Mundo de Ralis, igualmente com a PEUGEOT, em 1987.
Este resultado de conjunto traduz-se numa grande recompensa para o trabalho realizado pelos engenheiros da equipa ao longo de um ano, na transformação do PEUGEOT 2008 DKR num carro capaz de rolar em situações extremas. Estes esforços foram alcançados com humildade, diligência e um desejo de regresso às vitórias.
A PEUGEOT continua a ser um dos construtores de maior sucesso na história do Dakar, com quatro triunfos conquistados noutras tantas participações, entre 1987 e 1990. Mas há ainda cerca de 5000 km por percorrer nesta edição e o novo PEUGEOT 2008 DKR não está imune a problemas técnicos, como já o sentiram o experiente Carlos Sainz e também Cyril Despres. Este último perdeu mais de uma hora com um problema de turbo na 5ª Etapa, enquanto Sainz perdeu 14 minutos na 2ª Etapa, com um motor que teimou em voltar a arrancar. Sébastien Loeb também não foi poupado, tendo visto o acelerador do seu carro prender na 6ª Etapa.
Não obstante, é um PEUGEOT que lidera a prova desde a verdadeira primeira especial, primeiro com Loeb, depois com Peterhansel e, de novo, com Loeb no topo da classificação. Sem o seu problema, Sainz seria, decerto, um confortável líder nesta fase da prova. As três equipas estão atualmente separadas por menos de cinco minutos.
Sempre apostando nas duas rodas motrizes, o novo PEUGEOT 2008 DKR é mais baixo, mais largo e mais potente do que seu antecessor, tendo uma melhor distribuição de pesos. Todos estes fatores têm contribuído para o excelente desempenho alcançado até agora neste Dakar.
«É uma das mais notáveis transformações a que pude assistir,» comenta Stéphane Peterhansel, recordista de vitórias no Dakar, com 11 sucessos. «Dificilmente se pode comparar este carro com o do ano passado. É melhor a todos os níveis. Sabia que seria mais competitivo, mas é uma boa surpresa ver o quão potente ele é!».
Antes de chegar a este Dakar, Sébastien Loeb tinha poucos pontos de referência. Apenas tinha feito algumas sessões de treinos em Marrocos e participado numa prova ao volante do carro anterior. No entanto, o campeão francês entrou imediatamente no ritmo: «É verdade que fui muito ajudado pelo facto da maioria das especiais apresentarem um perfil semelhante ao que conheço do WRC, mas não esperava liderar a prova. Estou aqui para aprender e estou encantado por estar rodeado de pessoas tão experientes. Esta semana, a natureza das especiais será muito diferente, tornando-se, certamente, mais complicado para mim.»
Entre as pessoas com maior experiência conta-se Carlos Sainz, piloto que, aos 53 anos, prova não ter perdido nada em termos de velocidade máxima, como o demonstram os excelentes cronos parciais feitos na primeira semana. «Correu tudo bem até aqui mas não tiremos conclusões precipitadas antes da chegada,» refere o vencedor de 2010. «É claro que a nossa velocidade máxima é real, mas um dos elementos mais importantes num Dakar é a fiabilidade e aqui ainda temos alguns pequenos problemas. Há muito a fazer neste ponto. A segunda semana deste Dakar vai ser difícil, estando por ultrapassar a fase mais complicada.»
À imagem de Loeb, Cyril Despres continua a sua aprendizagem do Dakar em quatro rodas, depois de ter alcançado cinco vitórias nas motos. A sua progressão é evidente e, apesar do problema de turbo que afetou a sua máquina, ele alcançou, com o seu navegador David Castera, o top 5 de uma especial: «Claro que foi uma deceção, mas é o tipo de problemas que pode surgir num carro recente. Sabia que a minha passagem para as quatro rodas seria um processo a longo prazo, mas sinto que estou a evoluir.»
Todas as equipas podem orgulhar-se do que já alcançaram até agora, mas estão perfeitamente conscientes das dificuldades que ainda os esperam. Bruno Famin, Director da PEUGEOT Sport, não deixa de sublinhar este ponto: «Podemos fazer uma avaliação muito positiva desta primeira semana. Primeiro, temos os nossos quatro carros em prova e três deles ocupam os primeiros três lugares da geral, tendo alcançado vitórias em todas as etapas, exceto no prólogo, com dobradinhas e triplas. O nosso objetivo de demonstrar a competitividade do PEUGEOT 2008 DKR foi alcançado. Tal contribui para o nosso segundo objetivo, de atingir a meta com o maior número de carros. Para tal, teremos de abordar algumas questões que realmente podem ser limitativas, como vimos no carro do Cyril Despres, piloto que perdeu 1h15. Para além disso, a segunda semana apresenta especiais de perfil significativamente diferente. As diferenças podem ser muito mais importantes, tendo em conta os riscos no caso de existirem erros de navegação ou atascanços. A vantagem que adquirimos até agora continua extremamente frágil. Vamos, portanto, continuar fiéis à nossa linha de atuação e continuar a dar os passos certos, um atrás do outro.»
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