28/11/2014

Os pneus da Pirelli para 2015 foram vistos pela primeira vez no último teste do ano, realizado logo após o GP de Abu Dhabi. Apesar da estreia, não foram dias de testes exclusivos para a Pirelli. Os times trabalharam em suas próprias programações independentes.
Cada equipe teve, ao longo da temporada, 135 jogos de pneus alocados para testes. Para o último do ano, dez desses jogos foram substituídos pelos novos pneus para 2015. A Pirelli levou para Abu Dhabi pneus médios, macios e supermacios, em suas especificações definitivas. Todas as equipes optaram por correr com os pneus novos em algum momento ao longo dos dois dias, com o objetivo de ter uma primeira impressão dos novos compostos, que são uma evolução dos atuais.
Além de testar os novos pneus, muitas equipes também puderam avaliar novos pilotos e componentes dos seus carros para 2015. Ao contrário das temperaturas decrescentes vistas no treino de classificação e na corrida, nestes dois dias tanto o clima quanto a pista estavam bem mais quentes. Assim, os tempos registrados sequer podem ser comparados com os da corrida. De qualquer forma, os pilotos que experimentaram os novos pneus deram feedbacks positivos sobre as suas primeiras impressões do P Zero 2015.
Paul Hembery, diretor de motorsport da Pirelli, afirma que, “ficamos muito satisfeitos com as primeiras impressões dos pilotos sobre os nossos novos pneus, o que sugere que as melhorias que buscávamos já estão surtindo efeito. Fizemos algumas alterações, particularmente na cinta do pneu traseiro. Essa nova construção otimiza a distribuição de calor do pneu, deixando-a mais homogênea, o que deve levar a uma performance mais consistente e oferecer mais tração. Também temos um novo composto supermacio para a traseira, projetado para melhorar a sua resistência mecânica. Os nossos objetivos com os pneus de 2015 continuam os mesmos de sempre: proporcionar entre dois e três pit stops por corrida. Um dos maiores fatores certamente será a forma como os carros vão evoluir. Esperamos ver carros que são um segundo por volta mais rápidos que os de 2014 no próximo ano, e isso certamente impactará no comportamento dos pneus.”
Fatos sobre o teste
Ambos os dias de teste tiveram clima quente e seco, com temperatura de pista de 44ºC (33ºC de temperatura ambiente) na terça-feira e 43ºC (32ºC) na quarta-feira.
O tempo mais rápido registrado ao longo dos dois dias de teste foi de 1min42s624, cravado pelo piloto da Mercedes Pascal Wehrlein, com pneus supermacios, nos momentos finais do segundo dia.
O maior número de voltas no primeiro dia foi de Nico Rosberg, que deu 114 voltas com a sua Mercedes. No segundo dia, esse recorde ficou com Marcus Ericsson, da Sauber, com 112.
Os pneus de 2015 estavam disponíveis nas especificações médio, macio e supermacio. Além disso, todos os quatro pneus de 2014 também estavam disponíveis. No total, foram feitas 454 voltas com os novos pneus para 2015 e 903 voltas com os atuais.
O próximo teste ocorrerá na primeira sessão oficial de pré-temporada do ano que vem, de 1º a 4 de fevereiro em Jerez, no sul da Espanha. Após esse período, haverá apenas mais duas sessões em Barcelona, entre 19 e 22 de fevereiro e entre 26 de fevereiro e 1º de março, antes do início da temporada.
Sobre a Pirelli
Com mais de 140 anos de tradição, a Pirelli é uma multinacional italiana consagrada na indústria de pneus, com 22 unidades industriais em 13 países e atividades comerciais em mais de 160 países nos cinco continentes. Na América Latina está presente com sete unidades produtivas, sendo cinco delas no Brasil, onde tem atuação industrial há 85 anos: Gravataí (RS), Campinas, Santo André e Sumaré (SP) e Feira de Santana (BA); além de uma na Argentina (Merlo), e outra na Venezuela (Guacara). A empresa emprega mais de 38 mil pessoas no mundo, sendo cerca de 14 mil na América Latina, das quais mais de 12 mil estão nas unidades brasileiras.
Em Sumaré, no Estado de São Paulo, está localizado o Campo Provas Pneus Pirelli, pioneiro na América Latina, que completou 25 anos em 2013 e compõe um dos mais importantes Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa no mundo: o de Santo André. Com perfeita integração, em tempo real aos demais Centros que a empresa possui na Itália, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, a unidade de estudos brasileira está capacitada a desenvolver, receber e aplicar as mais avançadas tecnologias na produção de pneus para uma gama completa de aplicações: caminhões e ônibus; automóveis e caminhonetas; tratores e implementos agrícolas; máquinas para uso fora de estrada; motocicletas; além de protetores, materiais para a reconstrução de pneus e cordas metálicas.