08/09/2014
• A Realidade Aumentada no Head-up Display (AR-HUD) apoia os condutores com informações que mostram a visão exterior real da situação do trânsito
• A vista da estrada e o prolongamento do horizonte de um veículo vão misturar-se num só
• O AR-HUD e a condução automatizada são a combinação ideal
A Continental, fornecedor internacional do mercado automóvel, apresenta uma nova etapa revolucionária do seu head-up display (HUD). O novo HUD com Realidade Aumentada (AR-HUD) além de “mostrar” ao condutor eventuais perigos, o carro também o ajuda a navegar através do trânsito. Com a informação virtual inserida na visão real do exterior, os condutores reconhecem intuitivamente o significado do que estão a ver à sua frente.
O AR-HUD foi desenvolvido a partir do anterior HUD, mas a informação aparece agora de forma a não interferir na condução. Por exemplo, ao navegar, um símbolo indica ao condutor a forma de uma curva que se aproxime, enquanto que os controles de distância (CruiseControlAdaptivo, ACC), se ativados, avisam o condutor da presença de outros veículos.
"Na sua versão atual um HUD é um excelente filtro de informação. Transfere uma quantidade mínima de informação selecionada para o campo de visão do condutor," disse Guido Meier-Arendt, o diretor dos especialistas de HMI no departamento de Interiores da Continental. "Em situações de trânsito exigentes, liberta o condutor de ter de olhar frequentemente para o painel de instrumentos ou para a consola central, podendo assim prestar uma atenção constante ao trânsito. Mantemos a filosofia do HUD de apresentar apenas certa informação; no entanto, a qualidade da informação é mais elevada".
Três aplicações exemplificativas foram instaladas no veículo de demonstração da Continental do AR-HUD: Aviso de Saída de Faixa/Aviso de Desvio da Trajetória (Lane Departure Warning - LDW), Cruise Control Adaptativo (ACC) e navegação. A informação relacionada com cada aplicação é refletida de forma precisa no traçado da estrada, complementando a realidade com comentários e informações adicionais. Este fato por si só é revolucionário, representando também um novo tipo de interação com os condutores.
A Continental está há muito tempo a trabalhar no desenvolvimento das funções do HMI para que ele possa enfrentar os novos desafios e simultaneamente cumprir o código da estrada. Surgiram mudanças na expetativa do utilizador, que estão cada vez mais centradas na assistência à condução baseada em sensores que necessitam de um interface com o condutor; o crescente volume de tráfego e a necessidade de informação sobre engarrafamentos e opções alternativas; a expansão da mobilidade elétrica e a sua necessidade específica de informação; e finalmente a condução automatizada, que traz exigências completamente novas para o HMI.
Para permitir ao condutor controlar todas estas opções e funções já não é suficiente apresentar cada uma das funções individuais no painel.
Esta tecnologia está numa etapa avançada de desenvolvimento e encontra-se integrada num veículo de demonstração, pelo que a Continental pensa ter o Head-up Display com Realidade Aumentada pronto para produção em serie em 2017.
A Condução Automatizada e o AR-HUD
Esta nova tecnologia desempenha um importante papel na tendência mundial para a condução automatizada. Embora este tipo de condução forneça conforto e seja útil ao condutor, traz também novas tarefas para o automóvel. Assim que o condutor tenha dado o controlo longitudinal e lateral de seu veículo para uma manobra de condução especial, passa de “fazedor” para “supervisor”, o que altera a sua necessidade de informação. Os condutores ainda querem saber que veículos, objetos e/ou sinais rodoviárias o seu automóvel realmente “vê”. Esta é uma forma de o condutor confiar nas funções inovadoras do veículo. "Acreditamos que a melhor opção para isso é o AR-HUD. Aqui o condutor vê qual é o veículo à sua frente que é detetado pelo sistema do seu automóvel. Esta confirmação visual direta é um feedback importante," explicou Meier-Arendt.
A situação inversa é igualmente importante. Se o período de condução automatizada está a terminar, o condutor tem que retomar o controlo do veículo. Para o fazer, tem de voltar ao papel de “fazedor” e avaliar a situação do trânsito para que possa saber como prosseguir de forma segura.