12/05/2014

• Resultado financeiro do grupo aumenta um terço para 588 milhões de euros (2,94 euros por ação)
• Após três meses, o volume de vendas cresce 4,4% para 8,4 mil milhões de euros
• Resultado operacional (EBIT) equivalente a cerca de 900 milhões de euros
• Melhoria das condições de crédito graças ao novo crédito sindicalizado
Com um bom início de ano, o grupo Continental aumentou significativamente os lucros da empresa. No primeiro trimestre de 2014, o resultado financeiro do grupo atribuível aos acionistas cresceu 33,3% para 588 milhões de euros. Assim, o resultado por ação aumentou para 2,94 euros, em comparação com os 2,21 euros no mesmo período do ano passado. "Nos primeiros meses do ano, voltamos a provar que conseguimos estabelecer uma boa ligação entre o nosso crescimento e a criação de valor", afirmou Elmar Degenhart, Presidente do Conselho Administrativo da Continental, na terça-feira, por ocasião da apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre. "Queremos dar continuidade a este percurso de sucesso nos próximos meses", continuou.
Por ocasião da apresentação dos indicadores de referência provisórios, durante a assembleia geral de 25 de abril, o fornecedor internacional da indústria automóvel, fabricante de pneus e parceiro industrial já tinha divulgado a expectativa de atingir, no ano corrente, uma margem do resultado operacional ajustado (EBIT ajustado) superior a 10%, aumentando para um valor superior a 10,5%. Simultaneamente, foi confirmado o objetivo do volume de vendas de cerca de 35 mil milhões de euros para o ano fiscal de 2014.
Nos primeiros três meses deste ano, o volume de vendas do grupo aumentou 4,4%, para aproximadamente 8,4 mil milhões de euros, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ajustado com base nos efeitos dos círculos de consolidação e nos efeitos das taxas de câmbio, que voltaram a influenciar negativamente o primeiro trimestre, o volume de vendas conseguiu subir 8,3%.
Até ao dia 31 de março, o resultado operacional (EBIT) tinha aumentado 21%, em comparação com o ano passado, para 903 milhões de euros. Isto corresponde a uma margem de 10,8%, em comparação com os 9,3% do ano anterior. O resultado operacional ajustado (EBIT ajustado) no primeiro trimestre aumentou 19,7%, em comparação com o mesmo período do ano passado, para 953 milhões de euros. A margem de EBIT ajustado situava-se nos 11,4%, estando assim acima do valor de 10% verificado após os primeiros três meses do ano de 2013.
No fim do primeiro trimestre, o grupo Continental reduziu a sua dívida obrigacionista líquida para 4,2 mil milhões de euros. Isto equivale a 47 milhões de euros menos do que no final de 2013, e quase 1,4 mil milhões de euros menos do que no período comparável do ano anterior. Assim, o grau de endividamento, a Gearing Ratio, aumentou para 43,2% no final de março de 2014.
"Para reproduzir a melhoria do desempenho operacional e a melhoria do rating da Continental mesmo nestas condições de financiamento, no final de abril substituímos o volume de crédito atual superior a 4,5 mil milhões de euros por um novo crédito sindicalizado, no mesmo montante, com 31 bancos internacionais. Isto também nos dá mais margem de manobra relativamente aos prazos de vencimento", explicou o Diretor Financeiro Wolfgang Schäfer. O novo crédito consiste num empréstimo de taxa fixa superior a 1,5 mil milhões de euros e numa linha de crédito renovável no montante de 3 mil milhões de euros. A margem de juros foi reduzida quase a metade.
Em 31 de março de 2014, a Continental contava com uma reserva de liquidez de quase 6 mil milhões de euros, correspondente a cerca de 2 mil milhões de euros em meios líquidos e linhas de crédito ajustadas, não utilizadas, de quase 4 mil milhões de euros.
Tal como anunciado, o refinanciamento das obrigações de alto rendimento realizado em 2013 teve efeito. Os custos médios relacionados com os juros dos novos empréstimos contraídos em 2013 equivalem a apenas cerca de 2,9%, praticamente 60% abaixo dos custos dos empréstimos pagos antecipadamente em 2013. Assim, nos primeiros três meses de 2014, as despesas relacionadas com os juros diminuíram 36 milhões de euros, para 114 milhões de euros. Simultaneamente, em comparação com o ano anterior, o resultado negativo dos juros diminuiu 43 milhões de euros, para 80 milhões de euros.
A Continental melhorou o seu Free Cashflow no primeiro trimestre em 375 milhões de euros, para quase 64 milhões de euros. Schäfer reforçou o objetivo de alcançar um Free Cashflow para todo o ano fiscal superior a 1,2 mil milhões de euros antes das aquisições.
Nos primeiros três meses, a Continental investiu um total de 341 milhões de euros em equipamentos e software. Assim, o rácio de investimento equivale a 4,1%, depois dos 5,4% no período comparável do ano anterior. Em comparação com o primeiro trimestre de 2013, a Continental aumentou as despesas de Investigação e Desenvolvimento em 8,9%, para 544 milhões de euros. Isto corresponde a um rácio de 6,5% do volume de vendas, depois dos 6,2% do ano anterior.
No final do primeiro trimestre, a Continental contava com 182 138 colaboradores. Isto corresponde a uma subida superior a 4300 funcionários, em comparação com o final de 2013. A razão para tal prende-se sobretudo com arranques de produção, com o aumento da investigação e desenvolvimento no Automotive Group e com capacidades de produção adicionais do Rubber Group.
Nos primeiros três meses deste ano, o Automotive Group registou um volume de vendas de 5,1 mil milhões de euros. A margem de EBIT ajustada ficou nos 8,2%, registando uma subida em relação aos 7,2% do ano anterior.
No primeiro trimestre, o Rubber Group também registou um ligeiro aumento do volume de vendas equivalente a 3,3 mil milhões de euros e atingiu uma margem EBIT ajustada de 17,2%, superior ao valor comparativo do ano anterior de 15,2%.